sábado, 18 de junho de 2016

Elogios...

Alessandra é dessas que quebram uma primeira má impressão, depois de 5 minutos de conversa leve e um sorriso largo...

Andressa tem o poder de querer tudo ao mesmo tempo e conquistar com seu jeito indeciso...

Antonia é daquelas que mudam de humor mais que de roupa; com a força de uma leoa e a delicadeza de uma andorinha, protege sua cria sem nada temer...

Aline é sonhadora, apaixonada, intensa corredora e registra lindamente, por fotos e palavras, os momentos da vida...

Bia é bela, centrada, de oportunas palavras e espontaneidade...

Carol tem pouca idade mas tanta maturidade; aconselha, abraça, elogia, consola...

Cris é do tipo “manteiga derretida”... Mas é porque transborda sentimentos bons! Mãezona, parceira, guerreira!

Débora tem a fala mansa, um sorriso suave, o sol nos cabelos e a poesia nos olhos...

Gabriela é bela... é determinação e disciplina, sem abrir mão da alegria...

Giselle é romantismo e busca a felicidade... Se descabele, Giselle!

Ka é uma lutadora dos ringues da vida e sua vitória é certa!

Lyn é vida dentro da vida; é força e inspiração!

Mari é MARAAAA! Persiste, com riso fácil e luz nos olhos...

Pri é inteligência e sacadas incríveis... Admirável!

Rafa é dedicada, delicada e engraçada!

Raquel, médica e monstra: as duas faces dessa mulher forte!

Tami: de corpo forte e alma fofa; quanta paciência ela tem!

Uma mulher em tantas, 
Tantas características, tantos elogios...
Tantas semelhanças e tantas diferenças...
Tantas mulheres em uma única...

Alessandra Zamai, em 18/06/16

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Casar ou rimar??

Pra quem acha q toda mulher só pensa em casar,

Presta atenção... é tão simples que dá até pra rimar...

Mulher quer mesmo é dormir sem ter hora pra acordar;

Comer de tudo e não engordar;

Platinar o cabelo, sem a ponta ressecar;

Beber muito, sem se embriagar;

Dar, sem engravidar;

E por homem NENHUM chorar;

Mas se chorar, a maquiagem nunca borrar!

A barriga doer de tanto gargalhar;

Escolher quando menstruar;

Cartão sem limite pra gastar...

E nunca a fatura ter que pagar!

Ter amigas pra abraçar,

Champagne pra brindar,

Um amor pra recordar

E uma bunda dura pra se apertar!

Fazer o que quiser, sem ninguém pra julgar!

Alguém pra falar e escutar...

Todos os sonhos realizar...

Ter asas pra voar,

E pra muito longe poder viajar...

Mas sempre ter um lugar pra, no fim do dia, poder voltar...


Será que é demais pra desejar??


Alessandra Zamai, em 16/06/2016... 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Estar só...

Ela chega em casa, coloca a bolsa na cadeira, faz um café, naquela mesma xícara transparente, em formato de coração...
 Acende só o abajur, ao fundo da sala... Senta no sofá, sem ligar a TV nem o som. Nem os sapatos ainda ela tirou...
 Silêncio...
 Os poucos ruídos vêm de fora, da rua, mas parecem distantes, quase indecifráveis, já que as janelas estão bem fechadas: faz frio e já passa das nove da noite!
 Ela respira fundo, num suspiro longo, encosta a cabeça e, com os olhos fechados, sente o calor da xícara nas mãos, o cheiro do café e... Sorri. Sorri de verdade, sorri leve... Sorri!
 E sorri porque ela decidiu que isso é LIBERDADE, e não SOLIDÃO. 
 Decisão, escolha, opção... Porque a solidão pode ser uma imposição, mas a LIBERDADE, essa é uma conquista! 
  Estar só é tão diferente de SER só (sabe de nada, esse verbo To Be)...
 E ela ama a profundidade da liberdade porque é lá, nos lugares mais profundos, que só alguns chegam... e de lá, também, raramente, saem.
 Nas profundezas da liberdade é onde ocorrem os encontros de almas, onde as almas batem asas... Livres!
 E almas livres nunca serão almas solitárias...

Alessandra Zamai, em 08/06/2016... Livre...

domingo, 5 de junho de 2016

Mais ou menos... mulher?


 Já há uns dias tenho sentido essa necessidade enorme de escrever. Parece que o que era só um desabafo - hobby, ócio criativo, sei lá -, tem tomado mais e mais espaço numa vida que vem se enchendo de motivos para escrever mais e mais. E que difícil escrever sobre uma coisa de cada vez, já que as ideias transbordam...

 E falar de amor, sentimentos, sabores e tudo mais de abstrato é até tranquilo, já que o utópico toca a todos, cada um a sua maneira. Mas hoje, na sala de espera do estúdio de tatuagem, deu tempo de parar e refletir sobre essa agonia dos últimos dias...

 Pensando muito sobre os últimos acontecimentos divulgados pela mídia e, obviamente, mais ainda, sobre os últimos acontecimentos da MINHA VIDA, tenho me perguntado tanto sobre esse “Ser Mulher”... será que estamos deixando esse “Ser” de lado? Ou será que na tentativa de buscar mais, para só “ser igual”, nos perdemos? Quando nos tornamos esse “ser indecifrável”?

 Esse texto não é de teor ácido nem doce; não tem rima, nem poesia; não vai falar do dia de coisa nenhuma, nem da tatuagem nova que fiz, enquanto pensava nisso... Nem vai agradar a muita gente... 

 Porque esse texto é sobre a angústia.

 Não aquela angustia da depressão, que aperta o peito e dá falta de ar... mas de uma angústia fruto da eterna ambiguidade de simplesmente ser você mesma, MULHER, todo dia.

 Esse grito da liberdade feminina nos colocou numa posição que, às vezes, nem nós mesmas sabemos como lidar...

 - transar sem a obrigação do amanhã, mas querer companhia pro teatro;

 - pagar minhas contas todas, sozinha, mas gostar de ser surpreendida com pequenos gestos;

 - assistir um filme sozinha, no cinema, mas dormir junto, de vez em quando;

 - não querer morar junto, mas cuidar e ser cuidada;

 - ser forte todo dia e, mesmo assim, precisar de um ombro pra apoiar o peso da cabeça e, as vezes, até chorar – Sim! A gente ainda chora!

 Na busca por ser feliz (Ser feliz! Só isso!), acabamos conquistando cargos, salários... e RÓTULOS. 

Lembro de uma situação que vivi, quando fui treinar num box de crossfit, em outra cidade:
 “Cidadão: - Puxa! Você é linda! Mesmo com esse batom aí... Não sei se pegou bem, mas eu te beijaria, hein?
Eu: - É? Conheço uma coisa que pegaria bem na sua boca: chama Silêncio! Cai super bem quando ninguém pede sua opinião.

 Não! Não foi galanteador, não foi engraçado, não foi simpático, nem foi um elogio! Porque se a roupa curta: tá procurando; roupa fechada: recalcada. Se bebe, é fácil; se não bebe, é chata, careta. Se ganha bem, deu pro chefe; se ganha mal, não correu atrás, se subestima e por aí vai...

 Na real?! Eu quero que essa merda toda SE FODA - Sim! A gente também fala palavrão! - Vou viver da MINHA maneira, porque vão julgar de qualquer jeito, mesmo...

O fato é que muitas de nós nos tornamos MULHER DEMAIS para os homens que tínhamos; e como muitos deles não acompanharam, se tornando MAIS HOMENS, aprendemos que podemos viver sem eles, sem precisar deles! 

Nos tornamos "MULHERES DEMAIS", para alguns "HOMENS DE MENOS"...


 Então, querido, se você não pode lidar com meu batom, com meu salário, com minha sexualidade, a porta está aberta... TCHAU!

 Eu vou fazer o que eu quiser, quando eu quiser... e SE EU QUISER!

 Seduza minha mente, se quiser ter meu corpo.


Alessandra Zamai, em 05 de junho, de 2016 – com uma tatuagem nova, no braço direito!