quarta-feira, 8 de junho de 2016

Estar só...

Ela chega em casa, coloca a bolsa na cadeira, faz um café, naquela mesma xícara transparente, em formato de coração...
 Acende só o abajur, ao fundo da sala... Senta no sofá, sem ligar a TV nem o som. Nem os sapatos ainda ela tirou...
 Silêncio...
 Os poucos ruídos vêm de fora, da rua, mas parecem distantes, quase indecifráveis, já que as janelas estão bem fechadas: faz frio e já passa das nove da noite!
 Ela respira fundo, num suspiro longo, encosta a cabeça e, com os olhos fechados, sente o calor da xícara nas mãos, o cheiro do café e... Sorri. Sorri de verdade, sorri leve... Sorri!
 E sorri porque ela decidiu que isso é LIBERDADE, e não SOLIDÃO. 
 Decisão, escolha, opção... Porque a solidão pode ser uma imposição, mas a LIBERDADE, essa é uma conquista! 
  Estar só é tão diferente de SER só (sabe de nada, esse verbo To Be)...
 E ela ama a profundidade da liberdade porque é lá, nos lugares mais profundos, que só alguns chegam... e de lá, também, raramente, saem.
 Nas profundezas da liberdade é onde ocorrem os encontros de almas, onde as almas batem asas... Livres!
 E almas livres nunca serão almas solitárias...

Alessandra Zamai, em 08/06/2016... Livre...

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