segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Ela é... Ele, também...

Ela é flor, ele é pedra...
Ela é dança, ele é força...
Ela, branco e ele, preto...
Ela é dia, e ele, noite...
Ela é brisa, ele trovão!
Ele é do amor... ela, da paixão!
Ele é sal e ela, pura doçura...
Ela é razão, ele, todo coração...
Ela é perspicácia, ele, toda graça...
Ela é sensatez, ele é desatino...
Ela é estrada, ele, destino...
Ele é paciência... já ela, é puro alvoroço...
Ela é abraço apertado, ele, beijo molhado...
Quando ele é lágrima, ela é ombro...
E quando ela é sombra, treva, ele é sorriso que ilumina!
Mas ela também é liberdade e ele, toda carência...
E se hoje ele for dor, só ela é bálsamo...


Porque os opostos são somente uma questão de ponto de vista... há muito mais pra juntá-los, do que para mantê-los distantes...
E a quem buscar entender, sugiro desistir enquanto é tempo...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Querido Papai Noel..."

Querido Papai Noel,


Tudo bom? Espero que sim!
Então... Todo mundo te mandando carta, né? 

Essa época deve ser osso colocar a correspondência em dia. Ainda mais esse ano, que o povo ta meio na pindaíba, né? 2016 foi “treze”.



Bom, já que perguntar não ofende, queria saber se dava pra liberar umas coisas "pa noix", em 2017.


Veja só, eu até que fui legal nesse ano, que tá acabando, cuidei da minha vida (não só eu, mas tudo bem), não gastei mais do que podia (tentei, pelo menos), paguei "as conta tudo", enfim... 

Então, fiz uma pequena lista e o "sinhô" vê o que dá pra fazer...

1)    Imunidade para minhas canelas, no Box Jump: pode ser caneleira, plástico bolha ou um pouco mais de coordenação motora mesmo!
Afinal, treinei direitinho e não roubei nos WODs: passei o queixo nos pull-ups, quebrei a paralela nos Squats e estiquei o corpo na caixa. 
OK! Confesso que roubei em todas as séries de mountain climb e miguelei nos malditos bichos (pato, jacaré, etc). Também reclamei pra cacete nas corridas. Afff! Mas quem nunca, né?

2)    Conseguir coçar minhas costas, novamente;
Eu sei que fiquei mais forte e definida e tô amando esse negócio! Valeu mesmo pelo presente (que eu nem tinha pedido). Mas tá difícil esse lance, com braço curto, costas largas e NINGUÉM pra me ajudar com isso!
Pode ser um “coçador de costas” mesmo, já que esse negócio de "AMÔ" não tá fácil pra ninguém...

3)    Mãos de menina
 Olha, eu sei que tô meio musculosa, que não sou muito fofa, que sento no chão, que odeio princesas, que falo palavrão pra caralho... 
 Pensando bem, deixa isso pra lá...

4)   Eliminação do Pistol como exercício do CF
Porque, né?? Pra que??

5)   Punição pra quem adoça café
Senhor!!! Heresia! Não!

6)    E pra quem toma café frio, ou requentado também.
Não precisa explicar, né?

7)  Eliminar da Terra quem limpa a boca com a manga da camisa, transa de meias, chama urubu de meu loro...
Não dá, né?!

8)   Bater minha PR de Double Under, de Snatch Full, de Dead Lift, de Pull-up e fazer T2B bonito.
 Porque tá foda!

9)   Ser mais: rica, paciente, tolerante, atenta, magra...

10) Ser menos: trouxa... 

11) Ter: corpo da Aline Riscado, o guarda roupa da Ana Hickman, o marido da Shakira, a voz da Shakira, a conta bancária da Shakira, a sorte da Shakira... 
Dá pra ser a Shakira??

Pensando bem, Papai Noel... Deixa pra lá... Não traz nada não... Deixa que eu mesma compro...  

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Que bom poder mudar de idéia...

Pensando sobre as coisas que, quando mais novos, todos nós já desejamos, me recordei de quando eu queria saber tudo, sobre todas as coisas.
Queria saber o porquê de um sim e, principalmente, os porquês de todos os Nãos da vida.
Sempre quis conhecer o Amanhã, saber o Como, o Quando e o Onde de tudo por vir... 

Queria todas as certezas nas mãos e não deixar nenhum detalhe escapar por entre os dedos.
Queria prever o futuro, ler o destino escrito, enxergar cada passo lá na frente... Olhar na direção do horizonte e ver tudo que ainda ia ser...
Imagina só! Saber tudo antes, adivinhar cada segundo antes de acontecer e não ser surpreendido por nada?! Que coisa poderosa, forte e incrivelmente... Chata...
Não saber o que vem nos dá uma das maiores liberdades da vida: o livre arbítrio!
O poder da escolha, da decisão, ter alternativas, são presentes da vida... poder errar, acertar... Errar de novo, se arrepender... Voltar atrás, rever decisões, aprender...
Porque é uma dádiva poder escolher! Escolher sem saber o resultado dessa escolha, aprender com ela e, depois, quem sabe até mudar... Mudar!
Mudar de idéia! Abrir a cabeça e rever as escolhas, decididas no escuro, as cegas, na incerteza da consequência...
Mudar de idéia e entender que isso não é falta de personalidade, mas só a mais pura e incerta humanidade... Uma chance de ser melhor...
O sábio é capaz de enxergar seu erro e sua capacidade de mudar... O ignorante, não sendo capaz de mudar de idéia, é incapaz de mudar qualquer coisa...
E que saco decidir sabendo tudo... Que saco viver tudo tão certo...
Que bom é mudar! Que bom que podemos mudar de idéia!

"A mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original", disse um tal de Einstein... E que mente era essa, hein...

Alessandra Zamai, em 14/10/2016 

sábado, 1 de outubro de 2016

Samuel

 Samuel entrou em nossas vidas em fins de 2013... meados de 2014... Não me recordo direito...
 Era um serzinho atípico, de humor instável, hábitos esquisitos... Pequeno, tímido... Com uma carinha linda, ainda que fechada, na maioria das vezes... Olhos pequenos, olhar distante, mas muito expressivos...
 Alguma coisa em Samuel fugia a normalidade; ele não era como os outros...
 Samuel sofria de graves problemas de saúde... Perdeu muito peso e foi desenganado; passou por um longo tratamento e, pasme: sobreviveu! Aliás, praticamente, renasceu!
 Samuel é um gato... Um gato preto, peludo... Carente, chorão, mal humorado... As vezes, faz suas sujeiras fora do lugar, tem estômago sensível, é anti social... Coisas de velho!
 Sim, Samuel já passa dos 13 anos! Velho... 
 E como todo velho, tem suas manias, chatices...
 Samuel não gosta de quase ninguém e não faz questão de esconder isso... Mas quando gosta, aluga a criatura! É velho...
 Quando Deus criou os animais, deu força ao urso, rapidez ao coelho, beleza aos pássaros, inteligência ao cão... E ao fim, quando criou o gato, percebendo que podia dar um pouco de tudo a esse animal, não hesitou! Só esqueceu a modéstia... Hahahaha!
 A maior parte dos seres humanos não tem grande afinidade com os gatos e isso se explica por não saberem muito bem conviver com um ser auto liderado e não submisso... 
 Como se parece com o homem esse tal felino... Acho que o gato é o próximo estágio da evolução humana...
 Samuel... Gato... Velho... Chato...
 Samuel, Gaston, Snatch (como eu o teria nomeado) ou, simplesmente, Gato (como eu, de fato, o chamo).
 Samuel, todo certo e todo errado... Já deve ter consumido boa parte de suas sete vidas...
 E com tudo isso, Samuel só faz transbordar amor... Amor ao imperfeito, ao improvável, ao incorreto, ao impossível... Amor de verdade!

domingo, 25 de setembro de 2016

O que te faz feliz?

 Ela havia postado sobre o mundo acabar hoje e felicidade... Aí, logo cedo, ela perguntou: "O que faz você feliz?"
 O Pão de Açúcar já havia perguntado aquilo aos clientes e Arnaldo Antunes fez poesia:
 "Um doce, uma dança,
 Um beijo ou goiabada com queijo?
 (...) Chocolate, paixão
 Dormir cedo, acordar tarde
 Arroz com feijão, matar a saudade"

 Clarice (aquela do Gregório) fez música:
 "Longe, perto, dentro, tanto faz...
 Quem quer felicidade, corre atrás
 E, às vezes, ela está debaixo do nariz
 O que você faz pra ser feliz?"

 Quanta simplicidade, em versos tão cheios de verdade...
 Quem disse que felicidade requer complexidade?

 Um sorriso, um abraço
 Do bolo quente, um pedaço...

 Uma panela de brigadeiro
 Mas com treino pesado primeiro!

 O calor de um beijo
 O cheiro do pão de queijo...

 Uma xícara de cafe,
 Uma massagem no pé...  :)

 Pisar descalço na areia
 Aquele velho mingau de aveia...

 No calor, uma cerveja
 Todo dia, apaixonar-se pela mesma beleza...

 Desculpar-se depois de uma briga
 Bom papo e vinho com a amiga...

 Uma foto, uma roupa nova?
 Uma nota alta na prova!

 Um novo texto escrever,
 E torcer pra alguém ler!!!

 Sexo casual e liberdade?
 Não se pode julgar a felicidade!

 Toda manhã, pela vida sorrir
 E pela noite, de cabeça leve dormir...

 Rir até chorar...
 Se descobrir novamente capaz de amar...

 Isso te faz feliz?
 Faça tudo e peça Bis!!!

 Alessandra Zamai, descobrindo o que a faz feliz...

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Equinócio de amor...

 Ontem, 22/09, encerrou-se o inverno 2016, permitindo a Primavera florescer mais um ano...
Acaba o frio rigoroso, começam os dias mais amenos, leves e claros...
 O equinócio - como é chamado o momento da transição entre as estações -, se caracteriza pelo sol incidindo igualmente no Equador, sobre Norte e Sul... Dia e noite têm a mesma duração...

 Equi, Aequus, mesmo, igual...
 Noix, noite...
 Noite e dia, luz e sombra...
 Equilíbrio, discrição...

 Deve explicar porque 22/09 foi definido como dia dos amantes...

 A M A N T E S...

 Muitos julgam os amantes... Mas como julgar "aquele que ama"? Como criticar os que, no mais intimo e discreto, quase secreto, se jogam, se entregam?
 Por que diminuir a importância dessa busca pela troca, pela intensidade, pela presença de quem te faz tão bem?
 Por que relativizar, minimizar o amor? Por que desmerecer sua manifestação, quando ela é só menos convencional e não política?
 Ser amante é ser errado? Ou errado é não amar?
 Quão mais certo é não se deixar tocar pelo leve calor da Primavera? Quão nobre e moral é ver dias e noites, de qualquer duração, passando, frios e escuros, numa sensação de inverno eterno?

 Por um equinócio de amor...
 Por Primaveras inteiras aos amantes...
 Por uma vida de calor e luz aos que amam!

Alessandra Zamai, em 23/09/16...

sábado, 17 de setembro de 2016

Sobre o grande valor das pequenas coisas...


 Tanta coisa grande que a gente almeja, luta e compra ou adquire: Casa, carro, roupa, viagens... Coisas caras...
 Também tanta coisa grande que a gente passa na vida... Universidade, carreira, perdas, tragédias... Coisas que marcam, ensinam e até mudam a gente...
 A gente conquista grandes coisas e percebe que elas vão perdendo espaço e atenção para as sutilezas que as pequenas coisas e situações trazem. 
 Sabe aqueles mínimos detalhes, sem preço... Mas de valor inestimável? Sabe aquele brilho, que em nada tem a ver com ouro ou diamante? Ou aquelas delícias, que não se compara, nem mesmo a chocolate belga?! Sabe do que eu to falando?!
 Eu to falando daquele sorriso espontâneo despretensioso.... To falando daquelas gargalhadas altas, que saem depois de uma piada sem a menor graça...
 Eu me refiro aquela mensagem de WhatsApp, que chega no meio do dia: "Advinha o que tem hoje, no almoço? Figadooo! Ecaa! Só você pra gostar disso! :p Kkkk" (sim, gosto de fígado!  ¯\_(ツ)_/¯ Mas aqui, o fígado é mero coadjuvante...)
 To falando sobre ouvir que esta linda, de cara lavada, cabelo molhado, enrolada na toalha... E que adora dormir e acordar ali do lado...
 E sobre conversar, por horas, sobre viagem, gastronomia, esportes radicais... Sobre tudo! E também, sobre nada... Principalmente, porque sabe que não é do tipo que troca a ácida liberdade - nem a doce solidão - por qualquer companhia...
 E o beijo de boa noite?! Essa noite, amanhã a noite... Toda noite!
 E o olhar, que fala mais que palavra dita, palavra escrita...
 Ou a mensagem de celular, na madrugada, cheia de erro de digitação - culpa do sono e, às vezes, do álcool - pra dizer que chegou, que ta bem... Boa noite... Dorme bem...sonha comigo... Saudades de você...
 E a sinceridade em assumir que não nota mudança nenhuma nesse cabelo, que você cortou dois dedos, mas "Não é pra cortar mais que isso, hein?!"
Cuidar e se deixar ser cuidada...
 E o tempo, que se fosse dinheiro, vixiii... Falência! Esse tempo danado, traiçoeiro... O NOSSO tempo... que insiste em voar, desaparecer no ar...
 Leveza, sutilezas que foram crescendo e agora ocupam um pedaço enorme da vida, sem nem ter forma...
 Pequenas coisas, enormes sensações... Não tem preço, mas tem valor...

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, mas não quero falar de nada...

Nada... Simplesmente, não quero.. Não hoje...

Sabe, tenho visto de tudo, na TV, redes sociais, nas ruas... Visto o sol e nuvens, cores e cinzas... Passeatas, protestos...

Também tenho ouvido tanto... Sobre política, economia, violência, amor, alimentação, vida saudável, feminismo, machismo... Tenho ouvido música de todo tipo, gente contra, gente a favor, direita e esquerda (acho que minha dislexia chegou no nível político; não entendo isso aí).

Tenho lido romance, revolução, ódio, guerra, auto ajuda, leis, espiritualidade, astros e até fofoca de novela... Ando lendo tanto, que leio até as Feições do povo, expressões fora de moda.. Até rótulo de shampoo (as vezes, a gente não leva o celular pro banheiro e retoma alguns velhos hábitos, meio anos 90)... Só não leio manual de instrução porque odeio que me digam como fazer alguma coisa - e bula de remédio (um erro, eu sei!).

Vejo, escuto, leio... Opiniões, teses, verdades de um, que são as mentiras do outro... 
Tanta gente, com tanto conteúdo, tanta opinião formada... "Isso é golpe, aquilo engorda, não sei o que é inadequado, é clichê, ultrapassado".

Se você é isso, não pode ser aquilo, se pensa assim, não é boa gente... Por aí, vai...

Tanto rótulo, tanta posição que precisa ser tomada... Tanta camisa que precisa ser vestida e tanta bandeira hasteada... Não posso ser só EU?! E você, VOCÊ?!

Hoje, não quero posicionamento de nada, não quero ser nada nem ninguém...

Só por hoje, não quero teorias, não quero dietas da moda, não quero opiniões político-econômicas, dicas de beleza, não quero saber da vida de fulano, não quero provar novas emoções... simplesmente, não quero...

Desculpe o transtorno, mas só por hoje, não quero falar de nada...

domingo, 4 de setembro de 2016

Gratidão...

É, amiga...
Hoje foi um dia difícil,  ne.. difícil pra mim.. difícil pra você...
A gente pensa o que não quer... fala o que não deve... ouve tudo exatamente oposto ao que a gente precisa...
Hoje, a gente sorriu, se abraçou, gritou e comemorou... a gente acertou e também erro... quem não?
Mas a gente também precisou chorar, desabafar...
É... porque o emocional também fraqueja, ne? As vezes, mais que o corpo...
E sabe? É quando as lágrimas caem, quando se misturam desespero do coração com a necessidade de transbordar que, finalmente, vem um alívio...
Porque tudo isso pesa! Pesa mais que o thruster, amiga! Isso dói... mais que a mão rasgada...
É quando as lágrimas caem  que a gente quer AQUELE abraço, AQUELE ombro... que, muitas vezes, não tá lá, ne? Muitas vezes,  porque não pode..  outras, porque nem sabe que é tão necessário, tão querido...
Mas é também quando as lágrimas caem que entendemos o valor daquele outro abraço, daquele outro ombro... que estão ali, pra gente!
E isso fica! Isso marca (mais que a caixa na canela)!
Isso torna aquele momento único, faz a gente entender nossa humanidade, nossos limites.. mas também nossa força!
Isso nos faz especial pra alguém...
É, amiga... Hoje, foi o SEU abraço, o SEU ombro que estavam lá... e isso te tornou ainda mais especial... pra mim!
Agradecer sempre! Retribuir, quem sabe... não sei se é possível! Se viverei pra tanto... mas conte comigo, amiga! Conte com meu abraço e meu ombro... Conte com o que precisar! Porque eu conto com você!

#amizade #Gratidão
#topnobox #mulheresqueescrevem #brvgames

Acidezamai.blogspot.com.br

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Tu vicia...


Sabes? Tu vicia...
Vicia, sim! Viciei em ti...
Mas não és aquele vício pejorativo, que degrada, derruba, degenera... Vício de pó, de remédio...
Tu és aquele vício que me acende, me energiza, me ergue... as vezes, até regenera...
Mais que o hábito de ter, viciei em precisar de você...
Viciei em ver-te, em sentir-te... Viciei em tocar-te...
Viciei em teu cheiro, em teu gosto...
Viciei em teu sorriso fácil, na tua gargalhada alta, no teu olhar focado e cheio de atenção... viciei no teu jeito de andar e de falar...
Viciei na tua timidez envergonhada e na tua falta de vergonha despudorada...
Viciei até naquela calça de moletom larga, que arrasta no chão... e nesses teus pés frios, quase sempre descalços...
Viciei nos teus cuidados, na tua conversa franca, na tua infinitude... e até no teu silêncio, que diz mais que tuas palavras, coesas, diretas, as vezes, ásperas – viciei nelas também...
Viciei em mandar... e em obedecer-te...
Viciei na tua ironia inteligente, nos teus devaneios espontâneos, nos teus sonhos impossíveis, na tua dualidade...
Tu vicia do começo ao fim...
Vício que, pra mim, é uma virtude...

É... Tu vicia mesmo...

30/08/2016

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Esses “QUASES”...


“Viu, querido?
Senta aqui... Vamos conversar... Sério, agora. Papo de verdade!
Hoje, não dá pra ficar na quase conversa...
Porque já tem um tempo que vocês tão nessa de "QUASE", né? Quase se vendo todo dia... quase se jogando de cabeça...
Quase foram pegos, quase tiveram que dar explicações...
Quase se meteram em cada confusão... Na última, você quase se ferrou de verdade... e ela, quase morreu do coração!
Nessas de “quase isso”, “quase aquilo”, vocês quase acreditaram, quase planejaram... Quase amaram, quase esqueceram do resto do mundo, quase aceitaram...
Tá bom, vai... Vocês se entregaram de verdade, se arriscaram de verdade... Beijaram de verdade, piraram de verdade...
Mas os “quase”... Poxa! Foram muitos... e quase todo dia!
De “Quase em quase”... quase que se magoaram também... Foi por pouco, hein?! (Quase, de novo!)
Mas sabe... Uma vida não é feita de “QUASES”... ou ama, ou não; se joga ou não... Imagina ser QUASE FELIZ??
Não dá pra quase viver... VIVE! Ou sobrevive...
Não dá mais pra ficar nessa de “quase”, né?!
Quase isso... quase aquilo...
Quase gosta, quase vai... 
Quase fica!
É “quase” pra quase tudo... E “quase tudo” é tanto quanto “quase nada”...
Mas a vida tá aí... E acho que vocês podem contar um com o outro sempre - Sem essa de quase! Contem mesmo!
E quando não tiver mais espaço pro QUASE, quem sabe dê pra ser, de verdade! 100%...
Quem sabe, né?!

Vocês quase souberam...” :)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ela queria, ela fez... Ela É...

Nesses devaneios noturnos, alimentando o vício da leitura e escrita, muita coisa inspira... pela identificação e pela discordância...
E assim, nascem releituras, novas histórias, novas obras... como essa, baseada num texto famoso, da internet...

“Aos 6 anos, ela queria ser bailarina, com polainas cor de rosa e meia ponta...
Aos 8, médica ou dentista, com jaleco branco...
Aos 10, ela queria ser professora, com livros nas mãos e conhecimento na cabeça...
Aos 13, ela queria ser bonita, mas as espinhas no rosto, o aparelho nos dentes, aqueles óculos... que difícil!
Aos 16, só queria ser aceita... inclusive, por ela mesma...

MAS...
Aos 18 anos ela entrou na faculdade... não era exatamente como diziam, mas ela gostou!
Aos 20 anos ela estuda pela última vez... o trabalho, agora, tomava muito tempo também...
Aos 22, ela “encontra o amor da vida”... assim eles falavam... Nunca quis ser princesa; também, por isso, nunca esperou por um príncipe...
Aos 24, ela pega seu diploma...  e pensa nos próximos passos daquela vida “planejada e escrita, até seu último dia”...
Aos 26, ela diz: “Eu aceito!”
Aos 28, se questiona sobre a perfeição daquela história escrita e se pergunta o porquê de tantos: “você tem que isso”, “você não pode aquilo”, “de tal jeito não acho bom pra você” e tantas outras obrigações e imposições, pela satisfação das expectativas alheias...
Aos 29, ela disse seu primeiro NÃO...
Aos 30, ela entende que ontem ensinou... hoje é uma benção a ser vivida intensamente (por isso, se chama presente)... e o amanhã, se acontecer, só pertencerá a ela...

A 90 dias de completar 31 anos, ela está escrevendo mais uma página desse livro de auto conhecimento..."


Alessandra Zamai, em 15/08/2016 (Dia do solteiro... Solteira e Feliz!)

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Que assim seja...

Que os sons sejam de música...
Que as marcas na pele sejam tatuagens...
Que os cabelos sejam bagunçados num amasso, nos abraços e pegadas...
Que a dor seja na barriga, de tanto rir... ou nos pés, de tanto dançar...
Que a fome seja de conhecimento e a sede, de amor...
Que a embriaguez seja de beijos...
Que as lágrimas sejam de alegria...
E que a falta seja de pudores, vergonhas, limites e empecilhos...
Que o medo seja de magoar, machucar, ferir...
Que o cansaço seja de tanto andar por aí, sem rumo...
Que os gritos sejam de comemoração...
Que as quedas sejam muros e cercas...
Que os calos nas mãos sejam de escrever cartas ou de pintar quadros... ou de fazer pull-ups...
Que a batalha seja de rimas e a guerra seja de travesseiros...
Que as balas sejam de açúcar e que só haja pedintes de perdão...
E se for para as mãos baterem, que sejam palmas...
Que se for pra roubar, que seja o coração de alguém!

E que assim seja!!!!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Palavras...

 Palavras me encantam...
 Palavras ditas, palavras escritas, palavras cantadas...
 Palavras de amor e carinho, ditas espontaneamente...
 Palavras de protesto e ordem, gritadas nas ruas, pelas multidões...
 Palavras quentes, sussurradas ao pé do ouvido...
 Palavras duras, ásperas, que saem no calor da emoção...
 Palavras rimadas, virando poesia, enchendo os olhos, os ouvidos e a essência...
 Meias palavras (meias???), que bastam aos bons entendedores...
 Palavras erradas, de quem está começando a vida, aprendendo a falar, escrever...
 Palavras metaforizadas, que disfarçam seus verdadeiros significados, para serem sentidas de mil formas diferentes por quem as lê, cada qual a sua forma...
 Palavras sinceras, que podem doer na hora, mas trazem alívio depois...
 Palavras são só palavras... Disse Cássia...
  “Palavras, apenas / Palavras pequenas / Palavras, momentos / Palavras ao vento”
 Palavras... Não importa o idioma, a hora ou o motivo... Palavras existem para serem ditas...
 Palavras não ditas ficam presas na garganta e sufocam...
 O dito pelo não dito... é simplesmente não dito... não expressado, negado e reprimido...
 Letra por letra, gota por gota... o não dito cria raiz, cresce, se fortalece e domina... afoga e mata...
 Palavras são para serem ditas... escritas, cantadas... as vezes, vomitadas... mas não engolidas...
 Palavras... são apenas palavras...

Alessandra Zamai, em 09/08/201

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Chegou Agosto...


Mais um mês de agosto chegou...
Muita gente não gosta do mês de agosto.
Desde criança, ouvi muitas coisas ruins desse mês: “Chegou agosto, mês do desgosto”, mês do cachorro louco, fim das férias, faz frio, 31 dias e nenhum feriado... Affff! Que mês, né?!
Colocaram o Carnaval em Fevereiro, fizeram música para Março, todo mundo quer casar em maio e ganhar presente em Dezembro; fazem promessas em janeiro – e até abril, já quebraram todas... Mas e o coitado do Agosto??
            Tenho notado algumas coisas interessantes sobre os meses de agosto...
            Eu me casei num mês de agosto... Também me separei num fatídico mês de agosto, tempos depois... Sorte? Azar? Coincidência?? Não importa... agostos passados...
            Mudei de emprego algumas vezes... a maioria delas, em meses de agosto...
        Fortaleci relações importantes, que levarei para sempre... e também desfiz relações e encerrei histórias (aquelas, que ficarão no passado, escritas a caneta) em diversos agostos...
           Agosto é o oitavo mês do ano... Número 8, símbolo do equilíbrio cósmico. Sagrado para alguns, justiça para outros - confesso que gosto mais do 7, pois não sou grande fã de números pares; me parecem certinhos demais, simétricos demais - coisa de quem tem TOC.
Mas ele está aí... O mês 8... Mais próximos do fim, que do começo... Fim do ano, né? Porque o 8 é o número que, deitado, é o símbolo do infinito; não há começo, não há fim... não há limites... transcende o entendimento humano ao ligar material e espiritual - Huummm... Deve ser por isso que não gostam muito dele...
E se não há começo nem fim, como ser melhor para a mudança de ciclos? Fechar o que já não tem sentido e abrir-se para o novo... novo tempo, nova jornada, novos aprendizados...
            Bem vindo, Agosto... a seu gosto, a meu gosto... com bom gosto!

Alessandra Zamai, em 02/08/2016 - iniciando um novo Agosto a seu gosto!


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ela é dessas, daquelas e de outras também...

 Ela escreveu aquelas palavras tão inteiras, sobre como somos metades: “Tantas histórias... Ninguém é por inteiro... São 1/2 verdades, 1/2 amores, 1/2 culpa, 1/2 hipocrisia...” 

 E despertou essas frações de sentimento misturados com inspiração... - Logo eu, que detesto meias... em mim, nos outros, nos pés, no coração, na vida!

 E já não sabe mais se é meio, inteiro, parte disso, com pedaços daquilo...

 Porque ela é um misto, do ácido, com doce...

 Às vezes vai deitar com aquele amargor na boca, das palavras que teve que engolir... ou acorda com um gosto salgado – talvez das lágrimas que dividiu com seu travesseiro durante a noite...

 Ela é calorenta! Sai de short nos dias mais frios... Mas precisa de abraços e beijos ferventes, pra aquecer seu coração, que tem se sentido gelado de emoções verdadeiras – e inteiras!

 Ela tem aquele perfume só dela... e o cheiro de suor que escorre, depois do treino – porque ela é intensa que sai pela pele!

 Ela é dona de casa... e DONA DA CASA! Mas não sabe arrumar a maldita torneira que insiste em pingar!

 Ela é tagarela, mas hoje está meio (só 1/2) calada... dialoga internamente, sua forma de ter toda a razão!

 Ela é sorriso de boca inteira, mesmo quando tá meia boca...

 Ela quer sexo ardente, pegada... sem compromisso... mas isso é meio imoral! Adora abraço e dormir junto... mas isso é muito romântico!

 Usa salto 15, deslumbrante... pra ter do que reclamar, quando os pés doem e querer estar descalça!

 Ama elogios, por isso está sempre maquiada, cuida do corpo... mas quer mesmo que arranquem essa máscara e a amem por sua essência...

 Sorri diante dos problemas e chora assistindo filmes...

 Vive conectada... mas o Facebook anda chato, o Instagram tá clichê... e o whats app não para!!!! Vontade de se desligar...

 Mistos, metades, partes opostas.... Fragmentos distintos, peças que se encaixam PERFEITAMENTE... e montam uma imagem perfeita na sua dualidade, ambiguidade, bipolaridade... nas certezas cheias de dúvidas, nas dúvidas tão certas...

 Porque ela é dessas... é daquelas... de outras, de tudo, de todos e de ninguém...

 É ela, só ela e dela!


Alessandra Zamai, em 27/07/2016

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Feliz Dia do Amigo!

Amizade... palavra tão comum e tão completa...

A origem do termo (como eu gosto desse negócio de origem das palavras, né?? Google, você também é amigo!) é o latim, amicus; amigo, que se derivou do grego amore...

Já deu pra ver que na amizade, tem amor... tem cumplicidade, reciprocidade... tem ombro e alma, tem riso e lágrima, um sorriso, um olhar, palavras e até o silêncio.

Amizade é presente sem data, que chega e completa a vida, na cor, tamanho e modelos exatos. Não tem preço, não tem troca e a gente não sabe como viveu tanto tempo sem!

E quem tem a sorte de ter, na mesma pessoa, o amigo e o amor? Sorte, destino... sei lá!

Amizade verdadeira (e se for falsa, é amizade, por acaso?!), amizade colorida, amizade entre primos, entre pai e filho, amizade entre homem e mulher...

Irmão amigo, amigo de infância, amigo distante (porque SER e ESTAR são bem diferentes, lembram??)... amigo bravo, amigo sério, amigo palhaço, melhores amigos...

Amigo que acalenta e consola... amigo que fala a verdade na sua cara (porque a pior verdade ainda é melhor que a melhor mentira)... 

Daqueles leais, que estendem a mão, emprestam o carro, compram a bebida e cuidam quando a gente exagera na dose, segurando o cabelo e escondendo seu celular!

Daqueles que compram a briga e ajudam a esconder o cadáver! (só não esquece que ele sabe esconder um cadáver...)

Aah, Amigo... como Deus pode ter feito um pedaço meu, fora de mim?

Como pode ser tão igual, sendo tão diferente?

Como viver sem você?


Feliz dia do amigo! 

Alessandra Zamai, em 20/07/2016 - Dia do Amigo

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Um novo dia...

Acordar as 6h da manhã, novamente... ao toque da “marimba”, no despertador. Não há espaço para a soneca.
           Levantar e ver aquela mesma cara amassada, o cabelo desgrenhado, tomar aquele mesmo café... pão, manteiga, geleia, assistindo a TV no mesmo canal e as notícias sempre iguais...
               Vestir aquele mesmo tipo de roupa de todo dia: calça escura, blusa clara, uma jaqueta de cor neutra e, eventualmente, um lenço, para variar. Sapato preto, de salto médio.
                Sair às 6:45h e dirigir, pelos mesmos caminhos, para o mesmo lugar, para fazer as mesmas coisas. A paisagem ao redor é a mesma, as pessoas são sempre as mesmas: às 7:00 só eu, mesmo... sempre a mesma... e o manobrista do estacionamento, sempre o mesmo mal humorado, que não responde ao meu “Bom dia” de todo dia..
                Olhando por esse ângulo, vida parece um eterno passar de dias, com dissabores iguais, a serem digeridos junto ao café amargo da máquina do escritório.
Como fazer de cada dia igual, um dia especial, diferente e único? Como dar sabores diferentes a vida, todo dia? Como enxergar a vista da janela de um novo jeito a cada novo amanhecer?
Difícil esperar um novo hoje, com as mesmas atitudes de ontem... então, por que não reescrever?
Acordar as 6:27h h da manhã... porque não gosto de números pares... e porque deitei muito tarde... Posso, sim! E sem despertador!
        Levantar e rir daquele cabelo todo bagunçado, de quem usufruiu cada instante no travesseiro. Colocar mais água no café, para suavizar... suavizar o sabor do café e suavizar a vida... esquentar o pão na frigideira, ao invés da torradeira. Assim, já coloco a manteiga junto e... hoje tem pão na chapa! E a geleia por cima de tudo... Será que fica bom??
            Vestir a blusa laranja de gola canoa, com cara de praia e aquela calça... cáqui? Beje? Marrom? Que cor é essa, gente?? O.o Sei lá! Veste aí e “Vambora, que o que você demora
é o que o tempo leva...” disse Adriana, no rádio. Porque hoje eu não liguei a TV... e calcei sapatilhas! 
              E tô pronta!
           Não tô, não! Esqueci o xixi! 
        Caraca! Já são 7:10h! Será que vou pegar muito trânsito? Não vi as notícias... e ainda cliquei sem querer no app do Uber... Uber?? Vou de Uber! Como chama aquele que divide? UberPool, né?
             Aí, a pessoa que entra no carro é meio estranha e... Cara! Ela tem uma tattoo enorme no braço (quase não gosto de tatuagem..) e estuda gastronomia! E não assiste MasterChef! Nem Game of Thrones.. nem seriado nenhum... achei que era só eu no mundo!
               Outras caras no carro, nas ruas... outras ruas! Não! As mesmas ruas, com outra cara! As cerejeiras do parque estão forradas de cor de rosa! S2
              Chegar às 7:51h e notar que todas as janelas já estão abertas. Já tem cinco pessoas no escritório e todas respondem ao mmeu “Bom dia”... E que não foi o primeiro, porque o motorista do Uber foi tão educado!
                Antes das 8:00h e já é um novo dia... J  

Ontem já foi...Comece por um novo hoje, para um novo amanhã... a pessoa que mudará sua vida é aquela que riu do seu cabelo, de manhã, em frente ao espelho...

Feliz Sexta! Feliz novo dia!